Tempo Litúrgico: Quaresma - Cor Roxa

Na linguagem corrente, a Quaresma abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até ao Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão.

A Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos. Lembra o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo e Oitava da Páscoa).

terça-feira, 29 de junho de 2010

Conhecendo a Nossa Igreja

Liturgia

Por Neyton João Pontes

Muitos de nós estamos acostumados a ver certas coisas acontecendo na Igreja, mas, às vezes, nem sabemos o porquê e o seu significado.
São coisas que sempre vemos e nos acostumamos a deixar passar adiante, sem entender. A nossa Igreja, por ter dois mil anos de história, é muito complexa, cheia de símbolos e significados que foram se incorporando durante esse período, muitas coisas foram criadas, mudadas, repensadas no decorrer de vários Concílios, dos quais já falamos sobre dois deles, o “Concílio de Trento” e o “Concílio Vaticano II”.
Bem, para entendermos um pouco, vamos por partes, afinal em dez minutos não se resume dois mil anos.
Para começar: o que sabemos sobre liturgia?
A palavra liturgia (do grego, “serviço” ou “trabalho público”), compreende uma celebração religiosa pré-definida, de acordo com as tradições de uma religião em particular, pode incluir ou referir-se a um ritual formal e elaborado como a Missa Católica.
A liturgia é considerada, por várias denominações Cristãs, nomeadamente o Catolicismo, a Igreja Ortodoxa e alguns ramos do Anglicanismo e do Luteranismo, como um ofício ou serviço indispensável e obrigatório. Isto porque estas Igrejas Cristãs prestam, essencialmente, seu culto de adoração a Deus através da liturgia.
Para os cristãos, liturgia é, pois, a atualização da entrega de Cristo para a salvação. Cristo entregou-se de uma vez por todas na Cruz. O que a liturgia faz é o memorial de Cristo e da salvação, ou seja, torna presente, através da celebração, o acontecimento definitivo do Mistério Pascal.
A liturgia é, antes de tudo, “serviço do povo”, essa experiência é fruto de uma vivência fraterna, ou seja, é o culto, é uma representação simbólica (que não se trata de uma encenação, uma vez que o Mistério é contemplado em “Espírito e Verdade”) da vida quotidiana do cristão em comunhão com sua comunidade.
A liturgia tem raízes absolutamente cristológicas.
Cristo rompe com o ritualismo e torna a liturgia um “culto agradável a Deus”, conforme preceitua o apóstolo Paulo, em Romanos 12, 1-2.
Como disse no começo, a Igreja é muito complexa, assim como a liturgia, por isso iremos conhecendo aos poucos outros detalhes, como as cores litúrgicas, paramentos, objetos, tempos litúrgicos e seus significados nas próximas edições do jornal “Luz da Vida” e aqui no Blog.

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