Tempo Litúrgico: Quaresma - Cor Roxa

Na linguagem corrente, a Quaresma abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até ao Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão.

A Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos. Lembra o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo e Oitava da Páscoa).

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vencendo o desânimo

O grande carro de luxo parou em frente à entrada de cemitério e o chofer uniformizado dirigiu-se ao vigia.
_ Você pode acompanhar-me, por favor? É que minha patroa está doente e não pode andar. – Explicou. _ Quer ter a bondade de vir falar com ela?
Uma senhora cujos olhos fundos não podiam ocultar o sofrimento profundo, esperava no carro.
_ Sou a senhora Silva – disse - e nestes últimos dois anos mandei-lhe R$ 50,00 por semana.
_ Para as flores! – Lembrou o vigia.
_ Justamente, para que fossem colocadas na sepultura de meu filho. Vim aqui hoje porque os médicos me avisaram que tenho pouco tempo de vida, então quis vir até aqui para uma última visita e lhe agradecer.
O vigia ficou um momento em silêncio e depois falou com delicadeza:
_ Sabe minha senhora, eu sempre lamentei que continuasse a mandar o dinheiro para as flores.
_ Como assim? – Perguntou a dama.
_ A senhora sabe, as flores duram pouco tempo e, afinal, aqui ninguém as vê.
_ O senhor base o que está dizendo? – Retrucou ela.
Sei sim senhora, pertenço a uma associação de serviço social cujos membros visitam hospitais e asilos, lá sim as flores fazem falta, os internos podem vê-las e apreciar seu perfume.
A senhora ficou em silêncio por alguns segundos, depois, sem dizer nada, fez um sinal para o chofer e partiu.
Meses depois o vigia se surpreendeu por uma nova visita, aliás, duplamente surpreso, desta vez, a senhora guiando o próprio carro.
_ Dessa vez, eu mesma levo as flores aos doentes, disse ela com sorriso amável.
_ O senhor tem razão, os internos ficam radiantes e fazem com que eu me sinta feliz. Os médicos não sabem a razão da minha cura, mas eu sei, é que reencontrei motivos para viver, não esqueci meu filho, pelo contrário, dou as flores em seu nome e isso me dá forças.
A senhora descobriu o que quase todos nós sabemos, mas muitas vezes esquecemos: auxiliando aos outros, auxiliamos a nós mesmos.
Pense nisso!

Enviado por Toninho Mataes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário