Tempo Litúrgico: Quaresma - Cor Roxa

Na linguagem corrente, a Quaresma abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até ao Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão.

A Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos. Lembra o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo e Oitava da Páscoa).

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

CONHECENDO A NOSSA IGREJA

LITURGIA - Cores litúrgicas

Por Neyton João Pontes*

Assim como sabemos que no decorrer do ano temos os tempos litúrgicos, também temos as cores litúrgicas que correspondem aos tempos e festas da Igreja. Essas cores nos convidam e nos ajudam a interiorizar a mística de cada tempo.
Nas Igrejas não são usadas as cores aleatoriamente ou por capricho, mas sim pelo seu significado e pelo que a liturgia nos traz.
As cores são usadas em qualquer lugar do mundo seguindo o calendário litúrgico (salvos lugares em que celebram datas específicas como padroeiros, batizados). Sendo assim, a mesma cor que se usa aqui também está sendo usada em outros lugares. A Igreja é UNA também na liturgia, a mesma Missa que é celebrada aqui também é celebrada na Europa, Estados Unidos, África, etc. Interessante pensar que não nos sentiríamos estranhos estando em qualquer outra Igreja católica do mundo, do Vaticano a Cananéia a Igreja é a mesma.
No princípio havia uma certa preferência pelo branco. Não existiam ainda as chamadas "cores litúrgicas". Estas cores foram fixadas em Roma no século XII. A Igreja estabelece que seja sempre observado o uso tradicional, mas as Conferências Episcopais podem determinar e propor à Santa Sé adaptações que correspondam às necessidades e ao caráter de cada povo.
BRANCO: Usado na Páscoa, no Natal, nas Festas do Senhor, nas Festas de Nossa Senhora e dos Santos, exceto dos mártires. Simboliza alegria, ressurreição, vitória, pureza e alegria.
VERMELHO: Lembra o fogo do Espírito Santo. Por isso é a cor de Pentecostes. Lembra também o sangue. É a cor dos mártires e da sexta-feira da Paixão.
VERDE: Se usa nos domingos do Tempo Comum e nos dias da semana. Está ligado ao crescimento, à esperança.
ROXO: Usado no Advento e na Quaresma. É símbolo da penitência e da serenidade. Também pode ser usado nas missas dos defuntos e na confissão.
Existem ainda cores que podem ser opcionais como:
ROSA: O rosa pode ser usado no 3º domingo do Advento (Gaudete) e 4º domingo da Quaresma (Laetare).
PRETO: É sinal de tristeza e luto. Hoje é pouco usado na liturgia.
O BRANCO em épocas festivas pode ser substituído pelo dourado ou cores que se aproxime do branco, como marfim, bege (cores claras que se aproximem do branco já serão tidas como branco também).
Cabe, também, mencionar o uso litúrgico da cor azul para Festas e Solenidades da Santíssima Virgem Maria.O AZUL não é uma cor litúrgica prevista pela Igreja.
A origem de seu uso litúrgico moderno parece remontar a um privilégio papal dado a algumas dioceses espanholas para seu uso somente na Solenidade da Imaculada Conceição.
Terminamos por aqui sobre as cores, espero que possamos ter entendido um pouco melhor e, assim, vivenciar melhor a nossa fé, a liturgia é muito vasta
e rica,veremos mais sobre ela nas próximas edições.

* Neyton João Pontes trabalha com Arte, é ex-salmista, católico e estudioso da religião.

Nenhum comentário:

Postar um comentário