Tempo Litúrgico: Quaresma - Cor Roxa

Na linguagem corrente, a Quaresma abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até ao Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão.

A Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos. Lembra o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo e Oitava da Páscoa).

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Conhecendo a nossa Igreja

Por Neyton João Pontes


Os Dogmas Marianos

Que é um Dogma?
Posto nos termos mais simples, Dogma é uma verdade de Fé, revelada por Deus (na Sagrada Escritura ou contida na Tradição), e que também é proposta pela Igreja como realmente revelada por Deus.
A Perpétua Virgindade de Maria ensina que Maria é virgem antes, durante e depois do parto. Este dogma mariano é o mais antigo da Igreja Católica e Oriental Ortodoxa, que afirma a "real e perpétua virgindade mesmo no ato de dar à luz o Filho de Deus feito homem." Assim Maria foi sempre Virgem pelo resto de sua vida, sendo o nascimento de Jesus como seu filho biológico, uma concepção milagrosa.
Maria é verdadeiramente a mãe do Deus encarnado em Jesus Cristo. A definição como Mater Dei (em latim) ou Theotokos (em grego) foi afirmado por diversos Padres da Igreja nos três primeiros séculos. "O Verbo se fez carne" (João 1:14), ou seja o Verbo (que é Deus - João 1:1) é a carne; e a carne é o Verbo, Maria foi a mãe da carne de Cristo e consequentemente do Verbo.
Maria foi concebida sem pecado original. Sua Imaculada Conceição relata que a concepção de Maria, a mãe de Jesus, foi feita sem qualquer mancha de pecado original, no ventre da sua mãe, assim desde o primeiro momento da sua existência, ela foi preservada por Deus do pecado que aflige a humanidade, pois ela é "sempre cheia de graça divina", forma como foi chamada pelo Anjo Gabriel). Também relata que ela viveu uma vida completamente livre de pecado. A Imaculada Conceição foi solenemente definida como um dogma pelo Papa Pio IX em sua constituição Ineffabilis Deus, em 8 de dezembro de 1854, como uma verdade infalível revelada pela orientação do Espírito Santo.
A Virgem Maria no fim de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial. Este dogma foi proclamado ex cathedra pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950, por meio da Constituição Munificentissimus Deus. “A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho”. A presença de Maria, mulher da nossa raça, ser humano como nós, quem se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição.
“O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular privilégio” (Beato João Paulo II, 2- Julho-97). Esses são os principais dogmas marianos.
Maria é símbolo da Igreja, e a ela são atribuídos muitos títulos, que podem fazer referência a suas virtudes, ou aos locais em que apareceu, tais como: Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Nossa Senhora Desatadora dos Nós, Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Rosa Mística, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora dos Navegantes, entre outros.

*Por Neyton João Pontes trabalha com Arte, é católico e estudioso da religião.

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