Tempo Litúrgico: Quaresma - Cor Roxa

Na linguagem corrente, a Quaresma abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até ao Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão.

A Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos. Lembra o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo e Oitava da Páscoa).

quarta-feira, 11 de março de 2015

Eu vim para servir!

Pe. Alessandro da Silva Nascimento
O lema da Campanha da Fraternidade desse ano nos evidencia Jesus, nosso Mestre, dizendo a que veio em sua missão. Mas a sua voz parece distante de nós, não nos sentimos aptos para servir como Ele. Fugimos constantemente de nosso chamado de conversão, e não nos esforçamos em sermos bons, em sermos luz para todos como Ele desejo dos nossos dias. Afinal constantemente, em nossos dias nos vemos como pecadores, limitados e mais ainda...olhamos ao redor de nós e vemos ali outros pecadores...e a esses eu não sei nem desejo servir! No Evangelho de Marcos (9, 2-10) comtemplamos Jesus e alguns discípulos na montanha. Ali transfigurado o Mestre aparece repleto de luz, e a sua direita e a sua esquerda estão também Moisés (que é a representação da Lei) e Elias (que congrega em si todos os profetas). Nessa visão Jesus é associado e confirmado a unidade do Testamento. O Antigo se faz presente na experiência do novo. Nesse contexto ainda surge uma nuvem e a voz de Deus que diz: Este é o meu Filho amado, escutai o que Ele diz! É a voz de Deus que não ouvimos! Pois o convite a ouvir o seu Filho é o de confiar na sua palavra, em sua postura e modo de agir perante os seus pequenos e frágeis filhos. Jesus não se conteve em ver tanta sede e fome, não somente materiais, mas também sede e fome de justiça, de solidariedade, de amor. E eis o nosso grande desafio, sairmos de nós mesmos, sair do conforto de nossas poltronas...de nossos quartos encortinados, e seguirmos como Jesus até os que verdadeiramente anseiam pela vinda do Reino... Afinal, cremos no Reino, mas cremos também que todo o nosso bem estar e nossa segurança é fruto de nosso trabalho e fé. Jesus, em seu tempo, saiu do templo, ampliou o espaço da sinagoga...e fez dos verdes prados e dos areais de seu tempo o espaço do encontro com o outro, o espaço do encontro com Deus.. Somos convocados a servir...mas temos medo do outro, do próximo, e do irmão. Queremos até servir, e afirmamos saber quem são, mas mão conhecemos, nem mesmo, o outro, o próximo e o irmão. Falamos hoje de Fraternidade: Igreja e Sociedade, mas as separamos, não entendemos que a Igreja está na sociedade, ela é sociedade. Aumentemos hoje o nosso território de atuação, afinal o Reino é bem maior que nossas quatro paredes!

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