O uso das imagens na Igreja
Muitas vezes nós, católicos, somos questionados por pessoas de outras religiões sobre o uso das imagens que temos em nossa crença.
Algumas vezes citam um trecho da Bíblia para nos dizer o contrário e a maioria das vezes fazem uma má interpretação dessa passagem. Pois bem, o que Deus no Antigo Testamento proíbe é fazer imagens para serem adoradas como deuses, em substituição ao Deus único (cf. Ex 20,4). Mas não proíbe fazer outras imagens (cf. Ex 25,18 – 20; Nm 21, 8 – 9; 1 Rs 6, 23 – 35 e 7, 29), Deus mesmo manda fazer a imagem de dois querubins para a Arca da Aliança. A questão dos Querubins na tampa da arca representava a presença de Deus naquele lugar, mas eles não eram adorados e nem foram postos ali para esse fim, 2º Num 21:8 Deus mandou levantar uma serpente para que todos quantos olhassem para ela fossem curados, esta serpente também não tinha o objetivo de adoração, mas alguns, dentro o povo de Israel, passaram a idolatrar a serpente no lugar de Deus, e então no reinado de Ezequias, esta serpente foi destruída, posteriormente Jesus Fez uma alegoria de sua morte na Cruz com a serpente, e Disse: Assim como a serpente foi levantada no deserto importa que o filho do homem seja erguido na cruz, para que todos que tivessem seus corpos envenenados pelos pecados fossem curados (João 3: 14,15). Deus também fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. Porque será que não citam esses trechos da Bíblia quando nos questionam sobre o uso das imagens?
Deus não seria contraditório, o que existe é um mau uso e uma má interpretação da Sagrada Escritura.
Uma certa confusão também se dá quando nós falamos em adoração. Não se trata de “adorar” imagens, mas de venerar o mistério nelas expresso. As diversas manifestações da vida/mistério de Cristo se tornam objetos de veneração, pois cada uma delas é expressão de sua única Divindade. Não só a sagrada Face de Cristo, mas cada aspecto de sua vida, bem como de sua Santa Mãe e dos apóstolos, são extensão de um único e grande mistério, o mistério da encarnação.
O Verbo Divino se fez carne. Deus, o mistério passou a ter um rosto, uma história, uma “imagem”. Deus se torna visível através da imagem de Jesus. Aqueles que tornaram-se parte neste mistério também tornaram-se dignos de serem representados e venerados.
A imagem faz parte da linguagem humana, assim como temos fotos de parentes queridos e de personalidades que representaram alguma coisa importante, para que possamos nos recordar, assim também temos as imagens de nossos Santos, que foram pessoas que doaram suas vidas a Cristo e a seus ensinamentos, essas imagens servem para nós como referência e exemplo de pessoas nas quais podemos nos espelhar para que possamos santificar as nossas vidas.
A visão da imagem nos ajuda, nos estimula e tem valor pedagógico e psicológico como suportes para a catequese, a oração e evangelização. Esta visão nos faz entrar com mais facilidade em intimidade com Deus e com seus Santos, onde ele também habita.
Os católicos não adoram imagens, não somos inocentes a ponto de pensar que a peça de barro, gesso ou madeira vá nos responder, porém veneramos (temos respeito), àquele que é representado pela imagem, sabendo que este realmente está no Reino dos Céus junto de Deus Pai , o único Adorado.
Neyton João Pontes
Tempo Litúrgico: Quaresma - Cor Roxa
Na linguagem corrente, a Quaresma abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até ao Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão.
A Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos. Lembra o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo e Oitava da Páscoa).
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