Adolescência é a fase propicia para a iniciação na droga.
A primeira experiência permanece primeira e não se repete.
O jovem provou ou não gostou ou satisfez a primeira curiosidade e as informações sobre os possíveis males da droga freiam-no, evitando que desça ladeira abaixo. São muitos que rompem o fio inicial da droga. As estatísticas apontam o alto numero de 26% dos jovens no Brasil, entre 14 e 29 anos de idade, que utilizarem droga alguma vez na vida. Segundo esses dados do Ministerio da Saude, as drogas mais usadas são a cerveja, a cola de sapateiro, a acetona e o éter.
Alguns meterem-se esporadicamente com a droga e repetem a dose. Se tem a chance de encontrar alguém que os liberta nos inícios, talvez parem ai. Ou talvez mesmo desenterrem do fundo do inconsciente mensagens de pais e educadores que os preveniam contra os perigos de tal caminho.
Outros ficam a meio caminho entre o vicio e a interrupção total. Equilibram-se na corda bamba. Transformam-se em usuários esporádicos. A droga não os domina. Usam-na em momentos de festa, de convívio entre amigos sem constituir-se um grupo permanente de usuários. Não associam a droga á depressão, á carência afetiva permanente. Psiquicamente freqüentam a media normal dos adolescentes e jovens.
O jovem adicto e outro.
Faz uso sistemático, descontrolado de uma ou varias substancias químicas psicoativas, com repercussões negativas em áreas de sua vida. Rompe vínculos socais e recorre a quaisquer meios para obter o baseado. Inscreve-se no grupo de dependentes químicos. Aí multiplicam-se histórias tristes e trágicas. Converte-se quase sempre num caminho de mão única. Ide sem volta.
Lembra-nos a fabula da onça. Ela convida cada vez um animal inocente para visita-la na toca. Um dia veio a ovelha, outro o cabrito, outro o coelho, outro o bezerro e assim por diante. Belo dia ela aborda a raposa. Esta nega-se a aceitar o convite: `Mas por que? A festa na toca é belíssima`. `Não, contesta a raposa, porque vejo muitas pegadas que vão e nenhuma que volta`.
Não se entra na compreensão da problemática da droga entre os jovens pela porta da repressão, do crime da satanizacao. Por que os jovens são assim tão perdidos que se metem por esses caminhos? Perguntas como essas falseiam o ponto de partida e não se faz luz na escuridão desse triste mundo.
A porta de entrada de droga é o prazer. O prazer responde ao desejo de felicidade.
A droga põe em movimento o desejo, sempre ávido de satisfação, mas nunca totalmente saciado, deixando o sujeito a caminho em busca de nova sensação. Entra na espiral do desejo insaciável-satisfação incompleta-desejo insaciável. A droga intromete-se no meio dos dois. É desejada como promessa de satisfação, e, sendo incompleta a satisfação, deseja-se mais droga.
No início não está a tragédia, mas o gozo. No fim desaparece o gozo, fica a tragédia.
É a grande ilusão para a maioria dos adictos. Chegado um momento em que se dá a virada. Já não é a pessoa que decide sobre o uso da droga, mas a droga que decide sobre a vontade da pessoa. É o prazer negativo.
A Pastoral da Juventude (PJ) pertence aos recursos preventivos. Jovem animado na Pastoral dificilmente deixará envolver-se pela droga. Ela ocupa os espaços vazios da depressão, da falta de sentido de vida, da carência de idealismo e do fechamento em si mesmo. A PJ responde com proposta positiva. O seu futuro é chegar antes que a droga.
(Artigo tirado do Livro Jovens em tempo de pós-modernidade; J.B. Libanio Edições Loyola 2004)
Então jovem, estou te convidando a participar na PJ, buscar a PJ e se não tem um grupo em sua comunidade organizar um. Estudar, conversar, discutir este artigo. Eu estou sempre disposta a te ajudar com tantas outras pessoas em sua comunidade e em sua Paróquia. Vida em primeiro lugar. Ir. Ana
Tempo Litúrgico: Quaresma - Cor Roxa
Na linguagem corrente, a Quaresma abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até ao Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão.
A Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos. Lembra o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo e Oitava da Páscoa).
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