Tempo Litúrgico: Quaresma - Cor Roxa

Na linguagem corrente, a Quaresma abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até ao Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão.

A Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos. Lembra o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo e Oitava da Páscoa).

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PEREGRINOS DA FÉ

Podem ser vários os motivos para convocar um ano Internacional: ano da paz, ano da solidariedade, da moda, etc., seja qual seja o tema, há um fato que é determinante é chamar atenção, provocar um diálogo, reconhecer um fato por um valor humano, às vezes como consequência de um fato ruim. A humanidade inteira vai e foca a lente zoom do seu olhar sobre o objeto da celebração, ao menos durante esse ano. Um ano internacional vale à pena! A Igreja se adapta aos tempos e lugares, a fé não precisa de barulho, de propaganda, mais os meios de comunicação e a propaganda podem ajudar a fé na sua propagação. Assim, com este ano da fé, seremos motivados a revigorar a beleza do dom da fé que no batismo recebemos.
Com a Carta apostólica “Porta fidei”, do dia11 de outubro de 2011, o Papa Bento XVI proclamou um Ano da fé, que começará no dia 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e aniversário de 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, no dia 24 de novembro de 2013. Nesse mesmo mês estaremos vivendo mais um Sínodo dos Bispos, cujo tema será sobre a Nova Evangelização.
Olhando para trás, em 1967 o Papa Paulo VI convocou o primeiro ano da fé, dois anos depois do Concílio Vaticano II e agora ao papa Bento XVI proclama este ano da fé, coincidindo com o cinquentenário da abertura do Concílio.
Objetivo do ano da fé:
1º “Para confirmar nossa fé retamente expressada” (Paulo VI), “redescobrir os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada” (Bento XVI);
2º “Para promover o estudo dos ensinamentos do Concílio Vaticano II” (Paulo VI), “com o Concílio se concede uma bússola, para orientar-nos no caminho do século que está começando” (Bento XVI);
3º “Para fortalecer os esforços dos católicos que procuram aprofundar a verdade da fé” (Paulo VI), “intensificar a reflexão sobre a fé para ajudar a todos os crentes em Cristo a que sua adesão ao Evangelho seja mais consciente e vigorosa, sobretudo neste momento de profundas mudanças no qual a humanidade está vivendo” (Bento XVI).
A estes fins comuns aos dois papas, Bento XVI acrescenta quatro questões olhando as circunstâncias atuais:
1) "Convida a uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”;
2) "Comprometer-nos a favor de uma nova evangelização para redescobrir a alegria de crer e voltar a encontrar o entusiasmo de comunicar a fé”;
3) "Suscitar em todos os crentes a aspiração de professar a fé com plenitude e renovada convicção, com confiança e esperança”;
4) "Compreendermos de maneira mais profunda não só os conteúdos da fé, senão, juntamente também com isso, o ato com o qual decidimos de entregar-nos e com plena liberdade a Deus”.
Todos nós, cristão católicos, somos convidados a participar desse ano com “todo seu coração, com toda sua alma e com todo seu entendimento” (Mt 22,37). A fé ainda tem espaço em nossa cultura secularizada. Em um mundo cheio de misérias, fome, guerras, onde Deus parece não ter lugar e nem vez, não seria uma alienação proclamar um Ano da Fé? Para que serve a fé? Esses e outros interrogantes são propostos a nós cristãos. Respondê-los se faz necessário para todos os que desejam viver sua fé com consciência, e não apenas como uma herança de seus pais e avós esquecida e guardada.
Acolhamos este ano da fé com entusiasmo e com alegria, para corajosamente nos comprometermos com este chamado a viver a fé que recebemos no dia em que fomos batizados.
Pe. Víctor Hernández

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